Depoimentos "Leitura e Escrita"

   Depoimentos das colaboradoras do blog!

   Falar sobre a minha experiência leitora fez-me viajar no tempo de volta à infância, aos primeiros anos. Sou de uma família grande, com muitos irmãos, onde meu pai sempre nos incentivou à leitura por ser ele um grande leitor. Lembro-me do meu pai lendo desde literatura a mapas, jornais, revistas, livros didáticos escolares. Amava História e Geografia, e apesar de ter feito somente os anos fundamentais escolares, tornou-se um homem com grande conhecimento nessas áreas, sempre o achei um autodidata. Amava aprender e passou isso para todos os filhos.
    Comecei a ler bem cedo, gostava de revistas em quadrinhos de super-heróis, gibis do Tio Patinhas, livros de contos infantis clássicos e Monteiro Lobato, tinha a coleção inteira, livros grandes com as capas impecáveis, sempre bem cuidados pelo meu pai, e estes livros eram verdadeiros tesouros, que eu e meus irmãos disputávamos para ler, havia ciúmes dos livros mesmo. Mas foi na quinta série que um grande professor despertou-me para a leitura. Sempre nos incentivava a ler e começou indicando os livros da Série Vagalume. Li vários, fazíamos a leitura, interpretação, escrita (resumo), contávamos para sala. Um dos livros do qual não me esqueço é o “Sozinha no Mundo”, de Marcos Rey foi o livro que marcou o meu amadurecimento na leitura, da fase infantil para adolescente. A história da menina Pimpa, órfã, vivendo as maiores aventuras procurando seu tio Leonel, após a morte de sua mãe. É um livro que além da própria história ser comovente, traz à tona lembranças maravilhosas da escola, amigos, família, uma fase inesquecível da minha vida. E para mim isso é essencial numa boa leitura, que de alguma forma ela se torne significativa e viva em nós. E frequentemente ainda me pego relembrando cada rosto, cada palavra, brincadeira, o professor querido naquele tempo maravilhoso dos bancos escolares. É difícil para mim não me emocionar...
 
Fabiany
 
  Desde a infãncia fui uma aluna leitora, havia competição na biblioteca, hoje sala de leitura, para ver quem lia mais , até hoje existe. A leitura era mais na parte de estudar a lazer, mas até que se tornou uma forma de se atualizar. Apesar de ser professora na área de Língua Portuguesa, sou eclética, desde as mais simples, como receitas culinárias até os títulos mais complexos.
  Tive uma experiência boa em relação aos meus professores de ensino fundamental e médio, que sempre estiveram espirito leitor, me inspirei nesses professores, principalmente na professora Sueli Ataulo, de Língua portuguesa, hoje já aposentada.
  O livro que mais me marcou na escola, foi no 3ºEM, talvez por serro ultimo trabalho escolar antes do ensino superior foi Canaã , onde foi feito a resenha critica do livro.
  Em relação á vida acadêmica a minha última leitura foi o Conto "Missa do galo" de Machado de Assis, o qual foi meu Trabalho de conclusão de curso, desde então a leitura passou a ser mais para se atualizar na área que estou atuando há 10 anos, sempre uma leitura nova, afinal ler é melhor que estudar.
Fernanda

    O meu gosto pela leitura se desenvolveu graças a minha mãe. Sempre que possível, ela contava histórias antes de colocar eu e meu irmão para dormir. O primeiro contato foi com aqueles livrinhos que contém mais imagens do que propriamente letras, ficava fascinada. Com o passar dos anos, fui me entregando a esse mundo de fantasia. Gostava de ler tudo o que meus pais compravam: gibis, contos de fada e aventura. Na adolescência não li o quanto deveria, mas nunca deixei esse hábito de lado. Já adulta leio de tudo um pouco, desde livros para aperfeiçoar minha formação até, o que hoje eu acho delicioso, ler para e com os meus filhos.
Gisele

  Pensar nas minhas experiências de leitura e escrita me faz lembrar não da minha infância, do estímulo pelos meus pais a ler bons livros, a estudar, ser boa aluna. Não. Pensar  em ler e escrever me vem a mente rapidamente a lembrança da minha adolescência, quando realmente penso que descobri a finalidade do “escrever, do ler, do jogo interessante das palavras”. Minha professora de Literatura me incentivava a ler e também atribuía nota aos livros lidos e pedia resumos dos mesmos, e , foi  nesse período que passei a tomar “gosto” por ler e escrever. Comecei a ler Machado de Assis, Érico Veríssimo, li o seu livro chamado “Incidente em Antares” e passava horas devorando esse livro e isso me fascinou, mas foi principalmente o ato da escrita que me encantou, pois a mesma professora me ensinava o porque de escrever, para quem escrever, e foi a partir daí que comecei a ver a escrita e a leitura com outros olhos.  Entender que o texto tem uma introdução, desenvolvimento, conclusão, clareza de ideias, sequência de fatos ou informações, tudo isso colaborou para a construção do meu conceito de leitura e de escrita.

 Fabíola Leffa
 
O primeiro livro que li foi o gênio do crime, amei. Estava na quinta série (6º ano), minha professora dona Helena era muito enérgica e não gostava de comentar nada sobre os livros que iríamos ler no decorrer do ano letivo, dizia que tínhamos que descobrir sozinhos, lendo. Eu odiava, achava horrível e o pior a professora gostava de nos ver morrendo de medo, me sentia pressionada, angustiada e sem interesse nenhum; mas para minha surpresa ao ler os primeiros capítulos comecei a gostar da história e ficava imaginando cada momento o que poderia acontecer com os personagens que eram muito engraçados. Desde então, comecei a ler vários livros que me ajudaram a melhorar o meu vocabulário e assim passei a redigir melhor os meus textos tirando notas mais altas.
   Hoje eu incentivo meus alunos a lerem, mas sem fazer pressão ou chantagem, procuro trazer gêneros variados, assim meus alunos aos poucos vão tomando gosto pela leitura. Costumo fazer também  uma leitura   antes de se iniciar as aulas de português, inclusive alguns alunos colaboram trazendo textos para serem lidos, gosto também de utilizar a leitura compartilhada e assim, trabalho com a timidez de alguns alunos, deixando-os mais a vontade para explorar o gosto pela leitura. Tudo que passei como aluna naquela época está servindo para que eu não cometa os mesmos erros, melhorando cada vez mais minhas práticas pedagógicas, pois essa nova geração é x (dez).
Genesi
 

 

 


 

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